domingo, 12 de abril de 2009

"AZENHAS DE ANTAS "- 14 DE DEZEMBRO

Antas – Monumentos funerários megalíticos.

Antas (S. Paio) – freguesia do concelho de Esposende, distrito de Braga.
Em suave declive nascente/poente, emoldurada pelos Montes da Senhora da Guia, Monte D’Antas e Cividade, tem como vizinha, a nascente, a vila de Forjães, e as freguesias de Vila Chã e Belinho a sul, tendo a poente o Oceano Atlântico e a norte o Rio Neiva.
Foi precisamente este Rio que nos levou a pensar neste percurso.
De beleza ímpar tem, ao longo das suas margens, pequenos moinhos, engenhos e azenhas centenárias que convém conhecer e preservar, mas, já lá vamos…
O nosso percurso tem início na parte mais alta da freguesia, no pequeno mas agradável Parque das Merendas de Azevedo.
Daí subimos em direcção à Igreja e ao seu magnífico Adro, onde podemos encontrar um dos mais bonitos Cruzeiros Paroquiais do Minho.
Junto à estrada municipal e integrado no complexo paroquial, encontramos a “memória” de uma Anta ou dólmen que deu origem ao nome da nossa terra, mandado erigir pela Junta de Freguesia. Continuamos a nossa caminhada e subimos até ao Monte de Antas, para ver o Mehir (monumento megalítico, classificado de imóvel de interesse público – Port. De 13/07/1976 pelo Min. Ed. Inv. Cient.).
Temos então uma visão soberba de quase toda a freguesia.
O monte, o vale, a planície, o rio, o céu azul com a mar ao fundo.
Vamos continuar e percorrendo parte do interior da aldeia, subimos um pequeno carreiro que ladeia o local onde foi em 1939, foram encontradas várias necrópoles eneolíticas e que se podem ver no Instituto de Antropologia do Porto.
Deixamos para trás o casario e entramos na zona de floresta conhecida por Peneirada. Logo no início vamos encontrar uma ruína de um antigo Moinho de Vento e que pela sua localização mostra as alterações que sofreu a vegetação.
Continuamos a nossa caminhada por entre pinheiros, sobreiros, carvalhos e eucaliptos. Vamos encontrar destes últimos, junto ao trilho, dois exemplares de porte invulgar pelo seu tamanho e volume.
E, chegamos, finalmente ao Rio Neiva.
Na nossa terra
Corre sempre o lindo Neiva
Que de mansinho
Vai morrer à nossa Foz
Nas nossas veias
Corre ainda, a mesma seiva
Que noutros tempos
Tanto honrou nossos avós!



Na margem esquerda as ruínas de um engenho, o de Esprade, na margem direita, a Azenha do Grilo, que embora situada na freguesia de S. Romão do Neiva, Viana do Castelo, é propriedade de naturais de Antas e foi explorada por pessoas da nossa terra.
Continuemos, agora a nossa caminhada na margem do Rio Neiva e é ver frondosos carvalhos, freixos, salgueiros, amieiros e toda uma panóplia de árvores, assim como melros d’água, guarda-rios, garças cinzentas, que aqui nidificam. Vá com atenção, as lontras andam por aqui.....


Percorrido cerca de 1 Km, chegamos ao Minante.


Na margem direita, as ruínas de um engenho, na margem esquerda um dos ex-libris da nossa terra: “As Azenhas do Minante”. Verdadeira industria de outros tempos, concentrava num só pólo, azenha de milho, trigo, serração de madeiras, engenho de linho e alambique.
Vamos passar a A-28 e atravessar o núcleo industrial de Antas. Chegamos à EN13 (Porto/Viana) e voltamos às margens do Neiva. Aí encontramos mais um engenho, o do Liazar. Alguns metros mais e estamos na passagem da antiga Estrada Romana. Num penedo, um antiquíssimo Nicho.
Vamos agora chegar à Carvalha. Encontramos as ruínas de uma antiga ponte e o engenho e azenhas da Carvalha. Subimos, agora, para o denominado Monte de Guilheta, e, sempre, junto ao Rio Neiva, vamos encontrar um magnífico trecho, entre fragas do Monte do Castelo e do Monte de Guilheta.



Lá bem junto ao rio, num local de beleza sem par, vemos na margem direita (Castelo do Neiva), a Azenha do Palhurdo, e, logo depois, na margem esquerda, a Azenha do Sebastião ou Azenha Branca, hoje convertida em turismo de habitação. Na margem direita, junto à levada ou açude, um exemplar único na região: uma pesqueira (armadilha para peixes).
Vamos voltar ao povoado e atravessar o Lugar de Guilheta. Pouco andamos e chegamos à Capela de Sta Tecla, local de rara beleza.
Aí junto, houve um engenho, hoje convertido em habitação.
Continuamos a descer junto ao rio até ao Paúle da Tapada e voltamos a nascente, atravessando campos de cultivo, entre as freguesias de Antas e Belinho. Vemos já o promontório da Senhora da Guia e da Cividade. No alto deste último, vestígios de uma povoação castreja.
Vamos passar-lhes ao meio, pela Portela (passagem entre dois montes).
Ao lado a pequena ermida de S. Cristovão.
Do alto da Portela, olhe para o mar!!!






Vamos descer e encontrar do nosso lado esquerdo a Azenha do Arroio (Inverneira).

E chegamos, infelizmente, ao fim.
Estamos no Parque de Azevedo.
Aproveite o espaço e as mesas…..merende!!!!





Saudades da minha terra
Deus me não as tire da ideia:
Por elas, até parece,
Que vivo na minha aldeia.
( A. Correia de Oliveira)








































O dia 14 de Dezembro de 2008 foi especial para todos nós que lutamos muito para que este percurso fosse inaugurado.



Muitos foram convidados.... poucos apareceram... não era ano de eleições!!!! Nós cá estaremos... Sempre!!!



Nós sabemos que chovia, que estava frio, mas também sabemos que é importante criar infraestruturas desportivas e que não é fácil sem ter associações que as suportem, e que é suposto as autarquias acarinharem estas iniciativas e que no caso de Antas, tivemos o apoio da Junta de Freguesia...mas a que custo??? Não queremos falar em termos monetários porque essas contas para nós são difíceis, em termos de verbas, porque sabemos que vamos ter uma actividade, não que temos uma actividade sempre suportada pala autarquia, como, sem suporte de associação e apenas pela autarquia e sem suporte da autarquia, vão sendo realisadas com pompa e circuntância muitas actividades no âmbito do pedestrinismo, mas nós RIO NEIVA, sem qualquer suporte, que não fosse o da Junta de Freguesia, e o nosso esforço pessoal, realizamos um bom trabalho..


sem o poder central, que neste caso e pará nós, quer dizer, Câmara Municipal...Turismo....alguém que se chegue à frente e que diga: -Estamos aqui, e para apoiar as iniciativas dos nossos municipes.......



Do mar à serra, entre os dois
A terra dos nossos pais
Igrejas, hortas, casais…
Que ninho de rouxinóis!
Que poiso de águias reias!
(A. Correia de Oliveira)

10 comentários:

Lúcia Faria disse...

OI meus amores,
Digam lá o que lhes vai na alma.........e em tudo o resto!!!!!!

Lúcia Faria disse...

é só escrever e ter e-maile passworddcre3io eu!!!

pé-ante-pé disse...

errata
oi......
e-mail
password
creio eu

Luis Jesus disse...

Fico contente por ver que o fruto do nosso trabalho,ficou marcado no tempo e nas memorias de todos aqueles que já fizeram o percurso.
Acima de tudo para aquelas pessoas que sempre pensaram que em S. Paio de Antas, não era possivel fazer algo do genero, foi muito bom em conjunto, termos conseguido provar o contrário.

Luis Jesus disse...

Caros amigos, não sei se concordam comigo, mas o texto com letras vermelhas, não fica la muito bem. Por isso peço a nossa amiga Lucía para utilizar outras cores, que não o vermelho(não é que eu não goste do vermelho).

trilhos.do.lobo disse...

BOAS
ESPERO UM DIA DESTES FAZER UMA CAMINHDA COM OS PÉ-ANTE-PÉ
ABRAÇO DO [LOBO]

Manuel Pires disse...

Pelo menos alguèm pensa em coisas uteis nessa freguesia.
Parabens eo grupo e continuem.

CidaliaSilva disse...

Ola!!
Vocês tem imagens muito bonitas, que são o reflexo de trajectos fantasticos que temos por cá..
Força e continuem..

José Ferreira disse...

www.azenhadominante.blogspot.com é um espaço de imagens da nossa azenha em vários momentos e que recomendo a visita.

Morgada disse...

Parabens ao vosso grupo, talvez um dia terei a sorte de caminhar convosco, hoje aprendo com vossas explicaçoes e imagens a riqueza da terra dos meus avos, continuem a re-abrir caminhos ....de Franca vou tentar seguir.

A nossa Historia

A minha foto
Antas - Esposende., Portugal
***Rio Neiva – associação de defesa do ambiente*** -Departamento de Pedestrianismo- O departamento deu os primeiros passos num encontro de vontades. Vontade de fazer algo diferente, vontade de ter um grupo para caminhar e conhecer mais de perto a natureza, vontade de partilhar experiências, vontade de ir… perto ou longe, mas simplesmente caminhar e conhecer de uma forma saudável e activa, sem compromissos que não sejam de exclusividade com a preservação da natureza e com o respeito pelas gentes e costumes. Um pequeno grupo foi lançando o repto a quem lhe estava próximo e devagarinho, pé ante pé, a vontade tornou-se uma realidade incontornável: Havia muita gente com vontade de fazer das caminhadas o seu desporto. A existência de uma associação de defesa do ambiente, a Rio Neiva, na freguesia de Antas, concelho de Esposende, local de residência ou naturalidade dos membros do grupo, logo criou um ponto de partida para uma organização e nasceu o departamento de pedestrianismo da Rio Neiva – associação de defesa do ambiente.